As empresas que desejam se destacar no mercado devem ter, além de benefícios corporativos que sejam competitivos o bastante – uma vez que colaboram para a diminuição do turnover, o aumento da produtividade e o bem-estar do colaborador -, um código de conduta coerente, divulgado e esperado de todos os elementos da companhia.
Chamamos de código de conduta ou de ética o conjunto de princípios que deve reger o comportamento de todos, desde os chefes aos prestadores de serviços.
É esperado que os setores trabalhem de maneira a reforçar as regras e noções estabelecidas, tanto para minimizar desconfortos quanto para garantir que os responsáveis pelo andamento da empresa estejam alinhados na comunicação e na percepção de si e do outro.
Podemos dizer, de forma simplificada, que o código de conduta é um reforço da filosofia, da missão e dos valores da empresa – dados que, convém salientar, devem estar disponíveis no site oficial da companhia, presos a quadros informativos e, sempre que possível, em documentos enviados a todos os funcionários.
No momento da contratação de um novo talento, independente da sua especialidade e lugar na hierarquia, é dever do RH garantir que o código de conduta seja apresentado e absorvido pelo novo colaborador.
Dessa forma, o cotidiano do ambiente laboral será mais agradável e respeitoso para todos os envolvidos, não haverá por exemplo, assédio por parte dos colegas de trabalho, apelidos, cantada, fuxico, mentiras. O ambiente de regras é um ambiente de paz.
Quais são as vantagens de um código de ética?
Como já comentamos, trata-se de uma forma de manter toda a companhia na mesma página: quem decide participar de uma empresa é apresentado ao código de ética no primeiro instante, o que faz com que ele automaticamente concorde em segui-lo, visto que optou por estabelecer vínculos com aquela instituição.
Não é incomum que o código de conduta estabeleça formas de comunicação específicas: há companhias, inclusive, que pedem para que os colaboradores passem por aulas e workshops de comunicação não-violenta e similares.
Dessa maneira, cria-se um grupo onde todos podem falar o que quiserem, uma vez que sabem como dizer cada coisa.
Esse é o grande trunfo das empresas que decidem atuar diretamente na comunicação do funcionário e na sua percepção do que é estar em um grupo de profissionais: não é o que se fala, é como se fala.
É possível transmitir qualquer ensinamento ou crítica de forma educada, construtiva e a ser bem recebida.
Além disso, o código de conduta facilita a comunicação interna entre colaboradores e superiores, já que faz com que ambos dialoguem de forma horizontal, mesmo quando há uma relação de poder estabelecida entre eles.
O entendimento e a parceria entre setores é a chave do crescimento corporativo.
Outras vantagens do código de conduta incluem:
- Facilidade de comunicação entre pessoas de funções e setores diferentes;
- Melhoria da imagem da empresa, que passa a ser associada com aquilo que prega o seu código de conduta (caso, obviamente, consiga realizá-lo);
- Diminuição de incidentes, constrangimentos ou problemas de ordem ética entre os colaboradores;
- Aumento da produtividade, já que manter os funcionários em um ambiente seguro e saudável faz com que eles se sintam mais motivados e com que “vistam a camisa” da companhia.
Como implantar o código de ética dentro de uma instituição?
A criação de um código de ética deve incluir a presença do CEO da empresa, dos executivos de todos os setores, dos profissionais responsáveis pelo setor jurídico e dos membros do RH.
As informações que farão parte do código devem ser amplamente discutidas e registradas de forma coerente, que não permita duplas interpretações.
Os comportamentos esperados, as atitudes a serem evitadas e outros detalhes relativos às relações de trabalho devem estar descritos de forma detalhada.
Após a finalização dessa etapa, é preciso que o documento seja levado à atenção de um advogado, que verificará se está dentro dos parâmetros legais esperados.
Caso isso aconteça, é importante publicar e divulgar o material entre os envolvidos e entre os demais profissionais da companhia que, dada a sua posição na hierarquia, não fizeram parte do comitê.
Para garantir que o documento seja lido na íntegra e aceito por todos os colaboradores, além de apresentá-lo aos novos funcionários – como já mencionamos neste artigo -, o RH deve ter um comprovante de confirmação.
Caso o documento esteja em ambiente virtual, é possível pedir para que os colaboradores assinem digitalmente ou, após a leitura, cliquem em botões de confirmação.