Visual Law

Entenda o que é Visual Law e como aplicá-lo no seu escritório

Você, advogado, está cansado de passar informações para seu cliente e ele não entender direito? Você, cliente, está cansado de ler um monte de papéis e não entender absolutamente nada? 

O Visual Law, assim como o DPO as a service, chegou para revolucionar a relação entre clientes e escritórios de advocacia! Ele chegou para diminuir aquele juridiquês que só quem é do meio entende. 

Portanto, se você quer entender mais tudo sobre o visual law, esse texto é para você! Confira a seguir tudo que envolve esse termo, como o que ele é, de onde surgiu e suas principais vantagens.

O que é Visual Law?

O que é Visual Law

Primeiramente, é importante entender o que é a expressão em inglês Visual Law. Com isso, de maneira direta ela significa Direito Visual. Ou seja, uma maneira de facilitar o entendimento das pessoas comuns sobre as informações jurídicas. 

Portanto, ela busca unir o direito à tecnologia e criatividade. Através do Visual Law, as pessoas vão deixar de ter apenas textos com linguagem rebuscada e poder observar através de imagens, números, infográficos o conteúdo do contrato ou outra informação.

Por fim, ainda não tão comum no Brasil ainda mais pela tradicionalidade do Direito, é uma ferramenta que vem crescendo cada vez mais e atraindo grandes escritórios que buscam facilitar a vida de seus clientes, tornando-os mais satisfeitos.

Como funciona o Visual Law?

O Visual Law está inserido no mundo do Legal Design. Portanto, é correto afirmar que o Visual Law é a prática e o Legal Design a teoria. Ou seja, fica a cargo do Legal Design analisar o que precisa ser feito para facilitar o entendimento, enquanto o Visual Law é a ferramenta que torna fácil o entendimento.

O que está acima dessas duas expressões é o Design Thinking. Ele, por sua vez, é um procedimento que tem o objetivo de organizar o processo criativo através de soluções práticas para desafios e problemas.

Por fim, o Design Thinking atua em cinco estágios: o primeiro deles é o entendimento do problema, seleção de informações, desenvolvimento de ideias, construção de ideais e só então a validação.  

Benefícios do Visual Law

Agora que você já sabe o que é e como funciona, você deve estar se perguntando quais as vantagens dessa metodologia. Primeiramente, como dito anteriormente, o Visual Law busca facilitar a transmissão de informações.

Portanto, fazer com que além dos profissionais da área, pessoas ditas como leigas, também tenha a facilidade e vontade de ler os documentos jurídicos, que muitas vezes são apenas interpretados pelos seus advogados. 

Através da melhor compreensão dos clientes, é possível desenvolver novas táticas e novas estratégias, compilando mais informações sobre o tema. Quanto mais informações o profissional tem, mais fácil fica exercer suas funções.

O que é Legal Design?

O que é Legal Design

Para você entender melhor o Visual Law, é importante entender de onde ele vem. Como dito anteriormente, ele é uma ramificação do Legal Design. Ele é um conceito que tem o objetivo de transformar a mentalidade no âmbito jurídico. 

Portanto, o Legal Design surgiu para tornar os aspectos do Direito mais simples para a audiência comum, usando de elementos visuais e recursos gráficos para simplificar a interpretação de diferentes processos e contratos.

Ou seja, de maneira resumida, ele busca desburocratizar um tema que sempre foi extremamente complicado até mesmo para especialistas da área, imagina para leigos como a grande maioria da população.

Como implementar o Visual Law e Legal Design?

Toda transformação, tecnológica ou não, só pode ser bem realizada se contar com o envolvimento e empenho de todos os colaboradores. Portanto, antes de implementar, é necessário validar a aceitação do público interno.

Esta iniciativa transformadora pode ser implementada de várias maneiras dentro dos escritórios jurídicos. A primeira maneira é buscar alterar as estruturas e padrões de construção de contratos. 

Essa tecnologia também pode ser utilizada para otimizar e organizar o ambiente de trabalho. Isso acontece a partir de softwares capazes de gerir os processos internos da empresa, facilitando a rotina dos colaboradores.

As 5 etapas do Legal Design

1- Descoberta

Para dar início ao processo de transformação dos processos burocráticos do escritório é necessário mensurar os pontos a serem melhorados. Ou seja, colocar na ponta do lápis os principais pontos a serem atacados, os principais tópicos de um contrato, por exemplo, que geram mais confusão entre os clientes.

2- Interpretação

Após criar uma série de pontos a serem desenvolvidos, chega o momento de buscar alternativas para alterar e facilitar o entendimento sem alterar o conteúdo central do que está sendo proposto.  

3- Criação

A terceira etapa é a de criação, ou seja, após pensar na resolução do problema é necessário desenvolver maneiras de como aplicá-las. Para isso, é necessário um bom envolvimento da equipe para propor ideias “fora da caixinha” que facilitem o entendimento dos clientes.

4- Teste

Após isso, chegou o momento de testar, igual aos mais diferenciados cientistas é elaborar e pôr em prática um protótipo. Ou seja, colocar para funcionar uma primeira ideia para que com ela se analise possíveis erros e acertos.

5- Evolução

Por fim, chega a fase das alterações, onde a partir dos feedbacks será mais fácil entender quais são as falhas durante o processo e pontos que precisam ser aprimorados para a evoluir e incrementar o trabalho jurídico como um todo.

Conclusão

Com tudo isso exposto é evidente que a tecnologia chegou para desenvolver e aprimorar processos em diferentes segmentos e mercados. Sendo assim, era óbvio que o Direito não ficaria fora dessa transformação tecnológica.

Portanto, muito mais que apenas facilitar e otimizar entendimentos e processos, o Legal Design junto do Visual Law tem o grande objetivo de agregar valor para a empresa. Uma vez que um produto que não faz sentido ou não é compreendido pelo seu público, não se converte em lucro, certo?

Com isso, procure estudar além dos conhecimentos aqui apresentados e, como dito anteriormente, aos poucos implementar o assunto no ambiente de trabalho para que outras pessoas possam se conscientizar dos benefícios deste processo.